Carreira: 57% dos jovens estão pessimistas sobre o assunto

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Um estudo internacional da Handshake, realizado com 1.925 estudantes, revelou que 57% dos jovens brasileiros estão pessimistas sobre o início da carreira, que configura um aumento significativo em relação aos 49% registrados no ano anterior.

Esse cenário de pessimismo se agrava em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e volátil, onde muitos jovens enfrentam experiências iniciais que rapidamente se encerram em demissões. Ainda assim, essa realidade não precisa ser um destino inevitável.

Muitas empresas pedem para jovens comprovarem experiências, mesmo que seja a primeira oportunidade no mercado de trabalho. / Foto: Freepik

O pessimismo dos jovens brasileiros em relação ao futuro da carreira tem várias origens. Uma das principais é a dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Muitos enfrentam longas jornadas em busca do primeiro emprego e, quando conseguem uma vaga, são demitidos pouco tempo depois. Ou empresas pedem algum tipo de experiência, mesmo que ofertando vaga de primeiro emprego.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 39% dos adolescentes brasileiros de 15 anos não sabem que carreira querem seguir aos 30. Apenas 8% estão matriculados em cursos técnicos, o que mostra um descompasso entre formação e mercado.

O que diz isso?

  1. Desconexão ensino e mercado: os jovens não se sentem preparados e enfrentam um mercado que exige mais qualificação técnica ou experiência prévia;
  2. Reconfiguração do trabalho: o modelo tradicional cede lugar a trajetórias variadas (freelancer, empreendedorismo, estágios) que nem sempre garantem segurança financeira;
  3. Saúde mental e desmotivação: ansiedade, frustração e irritação com os processos seletivos refletem a precariedade vivida nesse início de carreira.

Diferentes realidades

A pesquisa “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras” mostrou que 27% dos jovens entre 14 e 29 anos estão fora da escola e do trabalho, revelando dificuldades na transição para o mercado profissional.

No ensino superior, o cenário também é preocupante: apenas 25% dos jovens de 18 a 24 anos ingressam na faculdade, e somente 4% concluem o curso.

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