De acordo com dados da PNAD Contínua, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio mensal real da população atingiu o maior valor da série histórica em 2024, chegando a R$ 3.208. O indicador, que engloba todas as fontes de receita como salários, aposentadorias, pensões, aluguéis e programas de transferência de renda, está em alta desde 2012, quando era de R$ 2.935, acumulando crescimento de 9,3% no período.

Contudo, os números nacionais escondem desigualdades regionais marcantes. Enquanto o Distrito Federal lidera com uma média de R$ 5.037, e São Paulo aparece em seguida com R$ 3.884, estados como Maranhão (R$ 2.051) e Ceará (R$ 2.053) apresentam os rendimentos mais baixos. A disparidade também se destaca no mercado de trabalho, onde homens ganham, em média, 27,2% a mais que mulheres, e pessoas brancas recebem por hora 65,9% acima do valor pago a trabalhadores pretos ou pardos, conforme o levantamento.
A análise por grupos ocupacionais revela um cenário de extremos. As maiores remunerações estão entre diretores e gerentes (R$ 8.721), forças armadas, policiais e bombeiros (R$ 6.749) e profissionais das ciências e intelectuais (R$ 6.558). Na outra ponta, trabalhadores em ocupações elementares têm rendimento médio de R$ 1.454, menos da metade da média nacional. Categorias como serviços e vendas (R$ 2.393) e operadores de máquinas (R$ 2.657) também permanecem abaixo do patamar médio do país.
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