O Brasil figura entre as nações com menor custo de geração de energia renovável do planeta. A constatação vem de um relatório divulgado nesta terça-feira (22) pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), que analisou o cenário global em 2024, a notícia foi dada em primeira mão pelo G1.
De acordo com o estudo, o país manteve sua posição de destaque ao registrar um custo médio de US$30 por megawatt-hora (MWh) na geração de energia eólica em terra, valor 32% inferior à média mundial. A IRENA também aponta que 91% dos novos projetos de energia limpa no mundo, em 2024, apresentaram custos menores do que as alternativas baseadas em combustíveis fósseis.

Além da competitividade nos preços, o Brasil foi o quarto país que mais ampliou sua capacidade renovável no último ano, ficando atrás apenas da China, dos Estados Unidos e da União Europeia. Foram quase 19 gigawatts de nova capacidade solar adicionados.
A matriz elétrica brasileira já é composta por 88% de fontes renováveis, segundo a agência, com destaque para solar e eólica, que juntas representam cerca de um quarto da geração elétrica nacional. Desde 2000, a economia global com energias limpas ultrapassa US$400 bilhões, sendo o Brasil um dos principais contribuintes.
Apesar disso, o país enfrenta um paradoxo: mesmo com um dos menores custos de geração, a tarifa média paga pelos consumidores brasileiros alcança R$864 por MWh, mais de cinco vezes o valor praticado na Argentina. Isso se deve, segundo especialistas, à elevada carga de impostos, subsídios e encargos setoriais embutidos na conta de luz.
Outro gargalo é a infraestrutura de transmissão, especialmente no Nordeste, onde há grande concentração de usinas solares e eólicas. A falta de linhas adequadas tem levado a cortes de geração superiores a 50% em alguns projetos.
A IRENA destaca que, para garantir a continuidade desse avanço, é fundamental investir em armazenamento, digitalização e modernização da rede elétrica.
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