O economista militar Carlos Alberto Decotelli caiu antes mesmo de assumir. Anunciado para o ministério da Educação, Decotelli tomaria posse nesta terça-feira (29), mas, sob suspeitas de fraude em seu currículo, a cerimônia foi adiada. Agora, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás radicalmente e desistiu de empossar o economista. As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
No início da noite desta terça-feira, Decotelli concedeu uma entrevista coletiva logo após se reunir com Bolsonaro. Naquele momento, ele afirmou que não plagiou trabalhos de doutorado e pós-doutorado e garantiu que seguiria na pasta. No entanto, o presidente tem outros planos para a educação do país.
“O presidente já procura um novo nome para o ministério. Infelizmente, a avaliação é de que não há como seguir com Decotelli. Se mente no currículo, pode mentir em tudo. Confiança é algo crucial”, contou um ministro, em entrevista à Veja.
Na última quinta-feira (29), o governo havia anunciado que Carlos Alberto Decotelli seria o substituto de Abraham Weintraub.
Outros ministros mentiram no currículo e continuaram no governo
O critério adotado para Decotelli parece não ser o mesmo quando se trata de outros ministros. Ricardo Vélez Rodriguez, ex-ministro da Educação, “errou” 22 vezes em seu currículo; Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, mentiu ao afirmar que era mestre em Educação e em Direito Constitucional e Direito da Família – ela chegou a alegar que seu título é ligado à Igreja, pois “é chamado de mestre todo aquele é dedicado ao ensino bíblico”; Abraham Wintraub, ex-ministro da Educação, foi acusado de plágio, uma vez que foram encontrados dois artigos idênticos publicados em periódicos diferentes; e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, que não é mestre em Direito Público pela Universidade Yale, ao contrário do que ele diz.
Todos são brancos.
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