Mesmo com várias políticas contrárias aos povos originários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condecorado com a Medalha do Mérito Indigenista pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, em um ato publicado no Diário Oficial da União, na manhã desta quarta-feira (16).
A condecoração é oferecida a pessoas e entidades que se destacam na defesa dos interesses dos povos indígenas brasileiros. No entanto, o presidente tem sido criticado por sua política em relação os indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em 2021, chegou a denunciar o presidente ao Tribunal Penal Internacional de Haia por incentivar a invasão de terras indígenas por garimpeiros.
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Além disso, em 2020, Bolsonaro foi duramente criticado ao dizer que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós” e, em 2019, na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ele disse que o cacique Raoni Metuktire era usado como “peça de manobra” por governos estrangeiros.
Depois de todas essas falas controversas, ao anunciar o orçamento para 2022, o presidente cortou verbas destinadas à proteção de comunidades indígenas que haviam sido aprovadas pelo Congresso Nacional. Além disso, Bolsonaro também é contrário a novas demarcações de terras indígenas e tem defendido a atuação de garimpeiros em reservas dos originários.
Em janeiro deste ano, o mandatário do Executivo também cortou verbas voltadas para indígenas, quilombolas e pesquisas científicas. Para saber mais sobre esta situação, acesse o link abaixo:
Bolsonaro corta verbas voltadas para indígenas, quilombolas e pesquisas científicas
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