Fonte: AFP
Jair Bolsonaro, presidente até o próximo 1° de janeiro, praticamente desapareceu da vida pública, inclusive nas redes sociais, desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva em 30 de outubro.
Nove dias após a derrota, Bolsonaro teve desde então cinco horas e meia de compromissos oficiais anotados em sua agenda. Contando somente os dias úteis transcorridos após o pleito de 30 de outubro, a média foi de uma hora e seis minutos de trabalho por dia.
O presidente se manteve em um silêncio total sem precedentes durante quase 48 horas depois que foi divulgado o resultado da eleição presidencial, o que suscitou dúvidas sobre um possível questionamento da vitória de Lula.
Bolsonaro não reconheceu abertamente sua derrota e evitou parabenizar seu adversário pela vitória, deixando nas mãos de seu chefe de gabinete anunciar que havia “autorizado a transição” com o futuro governo.
No dia seguinte, voltou a falar, em um breve vídeo publicado nas redes sociais, pedindo a seus apoiadores que desbloqueassem as rodovias em vários pontos do país, ocupadas por caminhoneiros desde o início da semana.
O chefe de Estado causou agitação ao qualificar como “legítimas” outras manifestações no mesmo dia em que milhares de seus apoiadores protestavam em frente a quarteis exigindo uma intervenção militar para evitar que Lula assuma o poder. Desde então, há quase uma semana, mantém o silêncio.
Sua agenda oficial mostra que ele permanece em sua residência no Alvorada desde 1º de novembro e em reuniões com ministros na sede da Presidência.
Fontes citadas pelo O Globo atribuíram esta ausência prolongada a problemas de saúde e revelaram que o presidente, de 67 anos, “chegou a apresentar um quadro febril e parecia abatido”.
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