Na última quarta-feira (13), a banda Didá, o primeiro grupo afro-percussivo feminino do Brasil, completou 30 anos de fundação. A banda foi criada em 1993, em Salvador (BA), pelo mestre de bateria Neguinho do Samba e o grupo tem sede no Pelourinho.
Ao contrário de outros blocos afro, a Didá não teve sua origem exclusivamente voltada para o Carnaval. Em vez disso, ganhou destaque por sua contribuição na promoção da educação e da arte. Até hoje, desempenha um papel na construção da cidadania para mulheres e crianças negras.
Durante seus 30 anos de existência, a banda Didá promoveu cursos, formações profissionais e educacionais, além de outras iniciativas sociais, de forma totalmente gratuita. A banda possui parceria em projetos com renomados artistas como Caetano Veloso, Anitta, Shakira, Daniela Mercury e Margareth Menezes, além de realizar suas próprias apresentações e lançar álbuns.
Como parte da comemoração de 30 anos, a banda montou uma programação especial, com a cerimônia e exibição do documentário “As Rainhas do Samba Reggae”, do cineasta Aylê Santana, no Museu Eugênio Teixeira, no Pelourinho.
O momento também serviu para divulgação do tema do bloco para o Carnaval de 2024. A Didá saiu em cortejo até a sede do grupo, e um caruru comemorativo foi servido no local para centenas de pessoas.
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Para continuar a festança, a banda vai realizar um show neste domingo (17), no Teatro Quincas Berro D’Água, também no Pelourinho, das 14h30 às 18h30. O espetáculo será realizado pelas integrantes da banda e convidados. O evento terá como tema “Didá toca Neguinho e Canta Caetano”, e contará com um repertório de samba e MPB.