Após câmeras em fardas, letalidade policial cai 85% em SP

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Após a instalação das câmeras “grava tudo” nas fardas dos policiais, o número de mortes causadas pela Polícia Militar de São Paulo (PMESP), em supostos confrontos, caiu 85%, segundo levantamento realizado pela Folha de São Paulo e publicado na última quinta-feira (27). A letalidade policial no Estado caiu 36% no total.

Vai aumentar de 18 para 33 batalhões que utilizarão as câmeras em SP – Foto: RODNAE Production/Pexels

Ao todo, são 18 unidades integrantes do programa Olho Vivo e, em números absolutos, houve uma redução de 110 mortes, entre janeiro e junho de 2020, para 17 óbitos em 2021. No ano de 2019, por exemplo, foram 165 mortes atribuídas a policiais.

O batalhão da Rota, que também faz parte do programa e um dos mais letais da Polícia Paulista, reduziu as mortes em 89%. No ano de 2020, foram 35 pessoas mortas pela Rota, já em 2021, registraram quatro óbitos. Já em 2019, foram 52 assassinatos atribuídos à Rota, em SP.

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Para o porta-voz da PM, Major Rodrigo Cabral, a queda nos números de letalidade policial não é fruto apenas das câmeras do programa Olho Vivo, mas de um conjunto de fatores. “Nas demais unidades, que ainda não utilizam as COPs [câmeras corporais], também verificamos uma redução acentuada da letalidade“, afirmou em entrevista à Folha.

O intuito da PM é aumentar a quantidade de câmeras e já tem prevista a instalação de mais 2.500 equipamentos e o número de batalhões que utilizarão as câmeras passará de 18 para 33 em todo o estado.

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