Segundo dados divulgados pelo Linkedin, a participação das mulheres no mercado de trabalho ainda é baixa. Mesmo as mulheres representando maior força de trabalho, somente 32% ocupam cargos de gerência. O estudo faz parte do relatório State of Women in Leadership que evidencia que as mulheres enfrentam dificuldades para avançar nas suas carreiras, fora outros desafios do qual são submetidas. Quanto mais elevados os cargos, mais a participação feminina diminui.
Outro fator para essa disparidade é a idade. Mulheres mais velhas encontram barreiras maiores para conquistar posições de liderança em comparação às gerações mais novas. A queda da representação geral da força de trabalho para a geração Z é 34% e para as mulheres mais velhas 43,4%.

Os países com maior presença feminina em posições de liderança são Finlândia (44,7%), Filipinas (43,6%) e Jamaica (41,8%). Em relação aos setores em que possui uma alta representação feminina podemos destacar: Saúde, educação e varejo. Já os setores que apresentam uma baixa proporção de mulheres em cargos de liderança são construção, petróleo/gás e transporte.
Para a Head de Soluções para Talentos do Linkedin Brasil, Ana Claudia Plihal, o número de mulheres no topo das organizações diminui drasticamente com o passar dos anos e destaca que as empresas devem apostar na promoção da diversidade de gênero nas empresas.
“Ao olharmos para o topo das organizações e analisarmos a presença feminina, vemos que o número de mulheres diminui drasticamente. Essa disparidade é ainda mais acentuada em setores como tecnologia e serviços financeiros, onde a diferença de gênero é mais marcante, com quedas de até 40% e 46%, respectivamente. Por outro lado, já sabemos que empresas que promovem a diversidade tendem a ter resultados mais robustos, são mais inovadoras e desempenham melhor financeiramente. Dar espaço para mulheres desenvolverem suas carreiras não é apenas justo, é um diferencial competitivo.” explica a executiva.
A questão da disparidade de liderança afeta tanto as mulheres com um maior grau de escolaridade quanto as mulheres com menor grau.
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