De acordo com relatório do Instituto para Estudos de Segurança (ISS), o continente africano é responsável por menos de 5% dos gases de efeito estufa no mundo, mas “sofre as graves consequências das alterações climáticas”. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (03), no site oficial da organização. O ISS realiza pesquisas de desenvolvimento sobre a África.
Segundo a publicação, os 10 países que mais emitem gases de efeito estufa do mundo são, China, EUA, Índia, Rússia, Japão, Indonésia, Irã, Alemanha, Arábia Saudita e Coreia do Sul, que juntos contribuem com 69% das emissões globais de combustíveis fósseis.
Para a organização, reconhecer esta disparidade “é o primeiro passo para uma resposta internacional” que a retifique, mas acreditam que a resposta global deve ser orientada pelo princípio da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC).
O estudo relata que a crise climática do planeta é provocada por um aumento das emissões de carbono. O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), citado pelo ISS, referiu que 89% das emissões globais de dióxido de carbono em 2022 tiveram origem em combustíveis fósseis e processos industriais.
O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas declarou 2023 como o ano mais quente de que há registro, não é coincidência pois em 2023 os níveis de CO2 atmosférico atingiram a máxima histórica. Os relatores pedem esforços coordenados para reduzir as emissões de carbono e atenuar a escalada de aquecimento.
No ano passado, CO anual as emissões do uso de combustíveis fósseis atingiram o pico de 36,1 bilhões de toneladas, e o CO2 a concentração na atmosfera atingiu 424 partes por milhão (ppm) sobre o Observatório Mauna Loa do Havaí. Isso marca um aumento impressionante em relação aos níveis pré-industriais de 280 ppm. Esse número deve ficar entre 330 e 400 ppm em 2050 para manter viva a ambição parisiense de 1,5°C.
A projeção é que a percentagem de dióxido de carbono dos combustíveis fósseis na África corresponderá a 13% das emissões globais em 2050 e a 22% em 2063.
Confira o relatório completo clicando aqui.
Leia mais notícias aqui: “Não precisam gostar da minha religião, só quero que respeitem”, diz Bill do Nova Iguaçu, sobre intolerância religiosa