“A gente espera que a justiça seja feita”, diz pai de menina de 12 anos baleada quando brincava em praça no Rio

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Nada vai trazer minha filha de volta, mas a gente espera que a justiça seja feita“. Foi o que disse Sandro Alves Silva, pai de Kamila Vitória Aparecida de Souza Silva de 12 anos, que foi morta na noite desta quinta-feira (05). menina estava brincando em ua praça na Favela do Guarda, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, quando foi baleada durante um tiroteio.

O pai da menina conta que chegou a orientar a filha a se proteger dos tiros, mas que quando correu para socorrer a filha, ela já havia sido baleada. D e acordo com informações de testeminhas, o tiroteio aconteceu quando homens passaram atirando de dentro de um carro, em direção à praça em que outras crianças brincavam.

A menina tinha 12 anos e estava brincando na praça quando foi baleada /Foto: Agência Brasil

O caso foi registrado na 23ª DP (Méier) e será encaminhado para a Delegacia de Homicídio da Capital (DHC). Além de Kamila, que foi atingida na perna, outro morador também foi atingido de raspão.

Sandro conta que chegou a levar a filha até o Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, com a ajuda de vizinhos, mas Kamila morreu após passar por uma cirurgia.

Estamos devastados. Eu não tive tempo de entregar o presentinho que ela mais queria: a joelheira que iria usar para um campeonato de vôlei da igreja que ela estava participando. Agora, está nas mãos de Deus”, disse Sandro, que também é pai de um bebê de 5 meses.

De acordo com dados do do Instituto Fogo Cruzado, a aregião metropolitana do Rio de Janeiro registrou ao menos 601 crianças e adolescentes baleados nos últimos sete anos. Só em 2024, também com dados do Instituto, 20 crianças foram atingidas por balas de fogo no Rio de Janeiro, númerou que aumentou com o caso de Kamila.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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