Dançarina denuncia caso de racismo em abordagem da PF em aeroporto de Rondônia

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A dançarina Marcelly Batista denunciou em uma live feita em suas redes sociais, o momento em que sofreu racismo durante uma abordagem da Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia. O caso aconteceu no último final de semana quando a baiana deixava o estado do Norte do país em uma conexão em direção a Cuiabá, junto com sua equipe.

No vídeo em que a dançarina deixou salvo em seu perfil, ela aparece bem abalada, contando como foi toda a situação. “Me levaram para uma sala, sozinha, revistaram a minha bolsa e pediram pra eu tirar a trança. ‘Solta aí a trança’, e aí foi isso. Eles pegaram meu celular e ainda pediram para eu passar a minha senha, e eu na inocência, nunca fui abordada né, eu dei. A mulher me revistou e o cara viu minha conversa com o meu namorado e alguns grupos”, contou Marcelly.

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Dançarina foi a única abordada pela PF no Aeroporto Internacional de Porto Velho. Foto: Reprodução/Instagram

De acordo com o relato de Marcelly, nenhum outro passageiro também foi abordado. A equipe que a acompanhava também foi abordada e teve os cartões de embarque fotografados pelos policiais, mas no vídeo, um dos membros do grupo, um homem branco, diz que nem abriram sua bolsa. “Ele nem abriu minha mochila nem nada, foi só para dizer que fez mesmo.

A dançarina ainda conta no vídeo que acredita que o motivo da abordagem foi racismo, após já ter passado pelo raio-x. “Do nada, só Marcelly que foi abordada. Estava aqui, sentada, sozinha e só a Marcelly que foi abordada. Mano, isso é muito chato. De verdade, é muito chato”, disse ela mostrando sua pele na câmera, enfatizando que acredita ter sido abordada por conta da sua cor.

Em nota, a Polícia Federal informou que “entre os dias 26 e 29 de abril, realizou atividade de fiscalização aeroportuária de rotina, visando reprimir eventuais práticas delitivas no aeroporto internacional de Rondônia. Houve entrevistas a passageiros, nas quais todos os protocolos de abordagem foram devidamente respeitados pelas equipes policiais, que eram compostas, inclusive, por policiais do sexo feminino. Acerca do eventual cometimento de prática ilícita por algum dos agentes públicos envolvidos no trabalho de rotina, foi instaurado um procedimento sigiloso a fim de esclarecer ocorrência de crime e/ou infração administrativa por parte de servidor(es) público(s)”.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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