Em uma publicação em seu canal do Telegram, no último sábado (21), o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), chama a situação vivida pelos indígenas Yanomamis de Boa Vista, Roraima, de “mais uma farsa da esquerda”.
A reação veio após o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT) declarar que “se ao invés de fazer tanta motociata, ele [Bolsonaro] tivesse vergonha na cara e viesse aqui uma vez, quem sabe o povo não estivesse tão abandonado”, afirmou Lula sobre a morte de mais de 570 crianças Yanomamis pro fome, nos últimos quatro anos.
No texto publicado no canal, o ex-chefe do Executivo alega que a sua gestão deu atenção à causa indígena. “Contra mais uma farsa da esquerda, a verdade! De 2020 a 2022, foram realizadas 20 ações de saúde que levaram atenção especializada para dentro dos territórios indígena”, escreveu em seu canal.
Entenda a situação
A Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajarara, afirmou que, entre 2019 e 2022, período em que o chefe do Executivo era Jair Bolsonaro, 570 crianças Yanomamis morreram em decorrência da desnutrição, sendo, somente em 2022, mais de 100.
Guajajara utilizou as redes sociais para informar sobre o diagnóstico da comunidade indígena. “É muito triste saber que indígenas, sobretudo 570 crianças Yanomami, morreram de fome durante o último Governo. O Ministério dos Povos Indígenas tomará medidas urgentes em torno desta crise humanitária imposta contra nossos povos”, escreveu.
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Em março de 2022, o ex-presidente foi condecorado com a Medalha do Mérito Indigenista, oferecida pelo então ministro da Justiça, Anderson Torres, preso após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em que criminosos invadiram os Três Poderes, em Brasília.
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