As equipes de buscas continuam os trabalhos de resgate de pelo menos 56 pessoas desaparecidas após fortes chuvas no último final de semana, na cidade de Las Tejerías, no Estado de Aragua, a 50 quilômetros de Caracas, capital da Venezuela. Até a madrugada desta terça-feira (11), 36 pessoas morreram em decorrência dos temporais.
Segundo o Ministro do Interior da Venezuela, Remigio Ceballos, que coordena as operações locais, as chuvas varreram rochas nas encostas e fizeram cinco rios transbordarem, o que dificulta ainda mais os trabalhos de resgate. As agências de notícias que acompanham os trabalhos descrevem o cenários como “apocalíptico” e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, decretou luto oficial de três dias.
Ao todo, 1200 agentes trabalham nas buscas e resgates dos desaparecidos, além do auxílio de moradores, tratores e máquinas para limpar as pistas que foram inundadas. Ainda de acordo com o Ministro do Interior, choveu em cerca de oito horas o que seria esperado para um mês, em média.
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Nos últimos dias, o furacão Julia deixou mais 16 mortos no Panamá, El Salvador e Honduras. Na última segunda-feira (10), autoridades salvadorenhas reportaram 830 desabrigados e nove mortes. Além disso, mais de 1 milhão de nicaraguenses ficaram sem eletricidade, depois que o sistema interrompeu o fornecimento de energia, por questões de segurança.
O Julia se dirige à costa da Guatemala, com ventos de 56km/h. Segundo meteorologistas locais, mesmo perdendo força, o furacão ainda pode causar danos ao país e provocar fortes chuvas.