Na manhã desta quinta-feira (1), recenseadores de seis capitais brasileiras cruzaram os braços por melhorias nas condições de trabalho e para que os pagamentos sejam realizados. Os trabalhadores de Brasília (DF), Salvador (BA), São Luiz (MA), Manaus (AM), Natal (RN) e Goiânia (GO) não realizaram o Censo Demográfico 2022 nesta manhã.
Os trabalhadores contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), ressaltam que existe uma rejeição grande por parte da população em receber os profissionais e cobram também os pagamentos que, até o momento, não foram realizados, inclusive de ajuda de custo para alimentação.
No sudeste, apenas as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo cogitaram realizar a paralização, mas não houve adesão dos recenseadores. Nas redes sociais, opiniões diferentes sobre a paralização tomaram conta dos comentários. “IBGE, não adianta ficar abrindo edital atrás de edital se vocês pouco investiram em campanhas sobre o censo! Recenseador não trabalha direito se toda casa tem que ficar explicando o que é o censo porque vocês não fizeram uma divulgação adequada!”, escreveu uma das seguidoras.
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Uma das profissionais escreveu que as pessoas não recebem os recenseadores com educação. “Trabalhar no IBGE fez eu realmente afirmar o quanto as pessoas são egoístas e ignorantes. A pessoa está no conforto do LAR dela e se recusa a te receber e ser ao menos educado. Não pensa o quanto vc já andou, o calor ou frio que está passando, fora fome, sede e sem banheiro pra ir!”, lamenta.
Em nota enviada ao Notícia Preta, o IBGE informa que alguns recenseadores pediram para conversar com as superintendências do IBGE em alguns estados. Foram recebidos e ouvidos. Além disso, a nota diz ainda que, em relação ao pagamento dos trabalhadores, “mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores já foram sanados desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo”, afirma o documento.