Sobe para 50 o número de mortos em ações da polícia na Bahia, em setembro

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Nesta terça-feira (26) cinco homens morreram e dois ficaram feridos durante uma ação policial realizada na cidade de Acajutiba, na Bahia. Com isso, chegam a 50 o número de mortos em operações no estado, durante o mês, de acordo com um levantamento realizado pelo G1. Segundo os dados, a maioria das mortes na capital, aconteceram em bairros periféricos. O governo baiano não divulgou ainda o número oficial.

Em 2022, o estado ocupou o primeiro lugar no ranking nacional de mortes violentas no país, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram registradas 6.659 mortes, sendo que 1.464 delas aconteceram durante ações policiais. Das 20 cidades mais violentas do país, as três primeiras são baianas: Jequié, Santo Antônio de Jesus e Simões Filho.

A cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, foi considerada a mais violenta do Brasil. — Foto: TV Sudoeste

A onda de violência na Bahia começou no dia 06 de setembro, em operação policial realizada em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, que deixou 7 homens mortos, e a morte de um dos suspeito de matar 10 pessoas em uma chacina na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De 03 a 07 de setembro, uma operação policial nos bairros de Alto das Pombas e Calabar, na capital Salvador, acabou com 11 mortos. No dia 10, duas pessoas foram mortas no bairro no Engenho Velho da Federação, e no dia 15, 4 pessoas morreram no bairro de Valéria, durante uma operação da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Federal.

Nas demais ocorrências de 16 a 23 de setembro, 21 pessoas morreram em operações feitas em em Salvador e cidades da região metropolitana, em Feira de Santana e na cidade de Crisópolis. Um policial policial federal foi morto no período.

O governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT), descarta a necessidade de uma intervenção federal no estado, por conta da violência. “Nós temos equipamentos, automóveis blindados foram enviados, temos a plena certeza que a gente vai conseguir sair dessa”, afirmou em um evento em Brasília, nesta terça-feira (26).

“Para os resultados que nós avaliamos e colocamos ontem com o ministro Dino, nós continuamos sem a necessidade de qualquer tipo de intervenção maior”, completou Jerônimo.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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