Museu do Amanhã debate sobre importância das matrizes africanas para a sociedade

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Será realizado até o próximo domingo (31), no Museu do Amanhã, o projeto “Vivências do Tempo – Matrizes Africanas” que visa promover reflexões sobre a importância dos saberes e fazeres das pessoas negras e das matrizes africanas na sociedade, além de transmitir o legado histórico da região da Pequena África, onde o museu está localizado.

As matrizes africanas são motivo de debate no Museu do Amanhã – Foto: Daniel Keiniti Iwace/ Divulgação

Realizado em parceria com Feira Literária de São Gonçalo (FLISGO), a programação trará painéis, oficinas educativas, e apresentações artísticas, com co-curadoria da Flisgo, além de intervenções artísticas e culturais que visam integrar especialistas, organizações da sociedade civil e agentes de transformação para dialogar com o público em suas mais diversas linguagens. Entre os participantes, estarão o diretor de cinema e teatro Rodrigo França, a autora Eliana Alves Cruz , o filósofo Renato Noguera e a pensadora Helena Teodoro.

Dividido entre os eixos temáticos Presenças Negras; Vozes e Subjetividade; Memória e Ancestralidade, a agenda tem o objetivo de contar histórias conhecidas e inventar novas narrativas a partir dos corpos e vozes de pessoas negras. Para garantir o protagonismo e a celebração das matrizes africanas, a programação também inclui o Prêmio Letras Pretas e o evento de instituição do Aquilombamento Brasileiro de Letras e Artes Pretas Originárias, duas iniciativas da FLISGO.

“A premiação visa romper com a ideia de entronização de prestígio e privilégio das academias de letras eurocentradas. A academia surge da urgência em promover a visibilidade dos expoentes das letras pretas e originárias, de movimentar políticas públicas para a formação de leitores e escritores jovens, adultos e crianças, bem como contribuir para a visibilidade de novos talentos num diálogo contínuo entre os acadêmicos e a sociedade civil”, explica  Dra. Elisabete Nascimento (LaborAfro), curadora da academia e da premiação.

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Ela lembra ainda o importante papel de órgãos e instituições para que ações antirracistas sejam colocadas em prática. “Destacamos, ainda, a importância do Museu do Amanhã colocar em prática ações antirracistas, realizando o evento e ao acolher eventos como o Festival Literário de São Gonçalo, o Prêmio Escritas Pretas e o Anúncio do Aquilombamento Brasileiro de Letras e Artes Pretas e Originária- ABL Pretas e Originárias. Essa parceria só vem fortalecer a desmarginalização dos bens culturais e artísticos da população”, finaliza.

Para mais informações sobre o evento, clique aqui.clique aquiaquiaqui.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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