Ilê Axé Omiojuarô oferece oficinas de audiovisual para juventude de terreiro

B2A9798.jpg

Estão abertas as inscrições para as oficinas de audiovisual gratuitas realizadas pelo Ilê Axé Omiojuarô, a Casa de Mãe Beata de Iemanjá. Somando um total de quatro encontros, o curso acontecerá aos domingos, de 07 de agosto a 25 de setembro, às 15h, presencialmente na Casa.

As inscrições vão até o dia 3 de agosto – Foto – André Mantelli

Quem vai ministrar as oficinas é a cineasta Yasmin Thayná – diretora e roteirista de mais de 20 filmes, séries e clipes, entre eles, Kbela, o filme, as séries Afrotranscendence, sobre artistas negros brasileiros, e pretalab, sobre mulheres negras que trabalham e pensam as tecnologias. Yasmin dirigiu o curta independente Fartura (2019), também é pesquisadora, professora e conferencista na área do audiovisual.

O objetivo da breve formação é apresentar noções básicas de como produzir um documentário, da ideia à execução onde os selecionados terão acesso a como usar uma câmera, manuseio de luz, escrita criativa e direção. Ao final, a turma produzirá um curta-metragem que será exibido em sessão especial.

São 25 vagas disponíveis e as inscrições podem ser feitas até a próxima quarta-feira (3), clicando aqui. É preciso ter acima de 18 anos para participar, pertencer a alguma comunidade de axé e ser do estado do Rio de Janeiro. O resultado com os nomes dos selecionados sai na sexta-feira (5). 

Leia também: Do morro do Cantagalo para o mundo: Hugo Germano estreia longa-metragem “Pluft, O Fantasminha”

Para a responsável pelos encontros, Yasmin Thayná, foi uma grande honra ter recebido o convite para estar a frente das oficinas. ”Fiquei muito feliz de ter essa responsabilidade, em especial nesse lugar de tanta beleza. É muito especial, e tem muita força também, poder pensar a imagem dentro de um lugar que produz beleza. É uma fonte de referência gigante. A gente aprende audiovisual, cinema, técnicas e etc., em lugares onde a relação com a natureza e com a vida é muito diferente de uma Casa de Axé, por exemplo. Geralmente é em escola, universidade, sala de aula, prédios”, analisa.

Ela revela também que está ansiosa e não vê a hora de iniciar as oficinas. “Poder contribuir com essa comunidade para pensar imagem dentro de um espaço de Axé e, ao mesmo tempo, em um espaço que não só é um espaço de religiosidade mas também de cultura e tudo que gira em torno do bem estar coletivo; é muito especial. Espero despertar também, quem sabe, pessoas que queiram de fato trabalhar com isso”, completa Yasmin.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

Deixe uma resposta

scroll to top