*Por Caio Bogos
Desde que o mundo é mundo, a inclusão sempre precisou ser parte dele. A verdade, porém, é que o processo, infelizmente, não foi prioridade para a sociedade como um todo e hoje precisamos correr atrás do prejuízo. Com o passar dos anos, pautas sobre diversidade e inclusão começaram a entrar no planejamento de entidades, governos e instituições, tornando-se até áreas específicas dentro do plano de atuação e posicionamento de empresas.
Atualmente, o mercado de trabalho amplia suas oportunidades para grupos minorizados e pessoas com deficiência como, por exemplo, pessoas LGBTQIAP+ e autistas, contudo o reconhecimento precisa ir além de uma chance. É preciso que a valorização dos profissionais aconteça também no dia a dia. Isso, consequentemente, inclui debates com toda a equipe sobre a importância de contar com um time diverso e sobre a verdadeira definição de inclusão.
Então qual seria o real significado disso? A inclusão, assim como a diversidade, está relacionada ao acolhimento, mostrando que a pessoa não tem que se adaptar ao mundo, e sim que o mundo está se adaptando a ela do jeito que é. Mais do que isso, é simplesmente colocar em prática o discurso feito para atrair pessoas, clientes e até investidores.
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Num mundo em que o que importa são as aparências, é necessário quebrar a barreira e provar que o que foi escrito ou falado também é aplicado com respeito e afeição na vida real. Afinal, o mercado de trabalho deve e é para todas as pessoas.
Caio Bogos é CEO e Fundador da aTip, startup que atua no elo entre profissionais autistas e empresas