Em ano eleitoral, o governo pode autorizar a liberação de R$ 30 bilhões em saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida beneficiaria aproximadamente 40 milhões de trabalhadores, que receberão até R$ 1 mil. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor pode ser liberado até o fim do ano para que as pessoas que possam estar com dívidas no banco possam quita-las. As informações são do jornal Valor Econômico.
“São fundos privados, são pessoas que têm recursos lá e estão passando dificuldades. Às vezes, o cara está devendo dinheiro no banco e está credor no FGTS. Por que não pode sacar essa conta e liquidar a dívida dele do outro lado?”, disse o ministro durante evento promovido pelo BTG Pactual sem revelar maiores detalhes da promessa.
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Nos últimos anos, o FGTS tem sido buscado como fonte de recursos para programas de sustentação do consumo sempre que as projeções apontam para uma atividade econômica em declínio. Foi assim na saída da crise de 2015 e 2016, quando o ex-presidente Michel Temer editou uma medida provisória que liberou R$ 44 bilhões das contas inativas do fundo ao longo de 2017.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Banco Central, o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro chegou a recorde histórico de 51,2% da Renda Nacional Disponível Bruta das Famílias (RNDBF) em outubro do ano passado. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 31,9% naquele mês. Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com os bancos atingiu 27,9% em outubro, ante 27,1% em setembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 25,6% no décimo mês de 2021, ante 24,9% em setembro.
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