Em caso raro, a empresa Tesla é condena a indenizar ex-funcionário, Melvin Berry, a pagar 1 milhão de Dólares, o equivalente hoje a mais de R$ 5 milhões, após seu supervisor usar palavras racistas contra funcionário.
O ex-funcionário trabalhou na empresa por um ano, e disse ter sido forçado, durante esse tempo, a trabalhar mais horas por dia. Ele denunciou que seu supervisor usava palavras ofensivas na linha de montagem e que no local tinham grafites com símbolos de ódio nas áreas comuns. Segundo Berry, quando confrontou um supervisor por chamá-lo de “palavra com N”, ele foi forçado a trabalhar mais horas e empurrar um carrinho mais pesado.
A empresa Tesla, na época, negou as acusações dos funcionários e disse que era contra qualquer forma de discriminação, assedio ou tratamento injusto.
Geralmente, essas disputas são sigilosas, mas o documento com as alegações de Melvin Berry era mais consistente que as negações da empresa. Em entrevista à Bloomberg News, Melvin Berry diz que espera que todo mundo saiba que a justiça descobriu a forma que a Tesla trata seus funcionários e que agora está tirando um tempo para se concentrar na sua saúde mental, pois ainda “não superou o processo de cura”.
Berry conta que ficou noites sem dormir e que, durante este tempo, adquiriu depressão e ansiedade. No processo, ele se lembrou o quanto chorou e questionou sua sanidade. Todo esse relato de Melvin foi confirmado pelo seu médico e outras testemunhas que notaram a mudança no comportamento dele, que era uma pessoa otimista e enérgica.
Árbitra do caso, Elaine Rushing afirma que era um caso difícil de ser decidido. “O comportamento dele alterou as condições de seu emprego e criou um ambiente de trabalho racialmente hostil”, escreveu.
Elaine Rushing concluiu, após analisar os fatos, que a empresa não retirava prontamente os símbolos raciais do local de trabalho. O caso foi resolvido por uma arbitragem.