A Justiça de Goiás decidiu manter a liminar que impede a WePink, marca da influenciadora Virginia Fonseca, de realizar lives de vendas e ações publicitárias virtuais. A medida faz parte de um processo movido pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pelo Procon-GO, que investigam a empresa por possíveis práticas abusivas contra consumidores.
A defesa da WePink havia pedido a suspensão da decisão na quarta-feira (29), mas o pedido foi negado pela juíza Tatianne Marcella Mendes na quinta (30). Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, a liminar continuará valendo até que a empresa comprove ter resolvido as falhas apontadas, como o alto número de reclamações e a falta de estoque para atender aos pedidos feitos durante as transmissões ao vivo.
O documento que mantém a decisão ressalta que a WePink ainda não implementou um SAC com atendimento humano e por telefone, oferecendo suporte apenas por aplicativo de mensagens. A juíza também observou que, embora a empresa tenha afirmado ter reduzido em 60% o número de reclamações, a queda real foi de apenas 28%.
Outro ponto destacado foi a ausência de provas suficientes sobre o estoque dos produtos. A magistrada considerou os documentos apresentados pela empresa incompletos e determinou que seja feita uma auditoria externa para confirmar as informações.

O processo movido pelo MP e pelo Procon acusa a WePink de propaganda enganosa, atrasos na entrega de produtos e censura de críticas nas redes sociais. A ação também aponta que a estratégia de “flash sales”, com promoções relâmpago, cria uma sensação artificial de urgência, levando o público a fazer compras por impulso.
A empresa, por sua vez, afirma que já superou os problemas anteriores, destacando sua nota 8,1 no Reclame Aqui e um índice de 93% de resolução de queixas. A defesa argumenta ainda que as irregularidades citadas na ação ocorreram em 2024 e não refletem a atual realidade da marca, motivo pelo qual considera injusta a proibição de continuar as vendas online.
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