O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento da ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra Jojo Todynho. O documento foi enviado à 28ª Vara Criminal da Capital e afirma que a denúncia é inadequada e não tem base suficiente para seguir adiante.
O processo teve início depois que o PT alegou que Jojo cometeu o crime de difamação ao afirmar, em um podcast, que “me ofereceu R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando Lula veio candidato a presidente; […ofereceram] pra várias pessoas, todos os artistas que fizeram campanha política ganharam dinheiro”. O partido sustentou que a fala teria ofendido sua confirmação, motivo pelo qual apresentou queixa-crime.
Ao analisar o caso, o promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade entendeu que a fala da cantora foi genérica e não citou diretamente o partido, o que enfraquece a acusação.
O parecer do Ministério Público foi apresentado após uma audiência de conciliação realizada em 18 de setembro, que terminou sem acordo. Durante o encontro, Jojo recusou a proposta da defesa do PT para gravar um vídeo de retratação.
O órgão também destacou que o pagamento a artistas por participações em campanhas políticas ou materiais de divulgação não é, por si só, uma ofensa à imagem de partidos. Segundo o MP, esse tipo de contratação é permitido, desde que os valores sejam declarados corretamente.
Diante disso, o Ministério Público opinou pela exclusão da denúncia-crime, por ausência de justa causa e por entender que a peça inicial é inepta. Segundo o órgão, a fala de Jojo foi “genérica” e não houve menção explícita do PT e suas lideranças. Cabe agora à Justiça decidir se acolhe ou não o pedido do MP e encerra o processo movido pelo Partido dos Trabalhadores contra Jojo Todynho.
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