O comparecimento recorde dos afro-americanos às urnas nas eleições dos EUA contribuiu para a vitória de Joe Biden e proporcionou aos democratas vencer estados como a Geórgia, que lhes deu o controle do Senado. Aos hispânicos, eles devem outro estado onde não esperavam vencer, o Arizona, assim como a vitória em Nevada. A igualdade racial e a proteção das minorias não é apenas uma dívida moral de Biden, mas uma obrigação.
Nesta terça-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou quatro decretos voltados para a reforma no sistema prisional e o combate ao racismo estrutural e à desigualdade racial no país. “É hora de agir”, afirmou o democrata durante um pronunciamento.
“Os Estados Unidos nunca cumpriram sua promessa fundamental de igualdade para todos, mas nunca deixou de tentar. Hoje, eu vou tomar ações para avançar na igualdade racial e nos aproximar dessa união perfeita que sempre tentamos ser”, disse Biden.
A luta contra o racismo beneficiará diretamente os afro-americanos, com os quais o governo abrirá novas negociações, mas também os asiáticos, contra os quais se intensificaram os atos de violência e intolerância desde o início da pandemia , quando o então presidente, Donald Trump, sempre se referiu à Covid-19 como “o vírus chinês”.
“O país está pronto para mudar e o governo também”, disse Biden. Esse momento é atribuído ao assassinato de George Floyd, que “abriu os olhos de muitos americanos e do mundo”, disse o presidente norte-americano. “Foi um joelho no pescoço da justiça que nunca iremos esquecer , porque marcou uma virada na luta pela justiça social neste país”.
Uma das medidas tomadas por Biden proíbe o Departamento de Justiça de renovar contratos com prisões privadas. “Nós precisamos de uma reforma da justiça criminal”, declarou. Em sua campanha, o democrata defendeu a eliminação do uso de prisões privadas pelo governo federal americano.
Outro decreto prevê o fim de práticas do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano que tenham contribuído para o aumento da desigualdade. Biden disse em memorando ao departamento que irá “corrigir o racismo histórico nas políticas federais de habitação”.
A terceira medida destaca o comprometimento do governo com o respeito à soberania das tribos do país e a quarta tem o objetivo de combater a xenofobia contra americanos de origem asiática. A presidência trabalhará com os departamentos de Saúde e de Justiça para implementar essa política, que aborda especificamente o preconceito contra asiáticos em meio à pandemia de coronavírus.
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