São Paulo bate recorde de feminicídios no primeiro semestre

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A cidade de São Paulo registrou, no primeiro semestre de 2025, o maior número de feminicídios da história. Mesmo sem a divulgação dos números apurados em junho, por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), entre janeiro e maio deste ano, 29 casos foram registrados.

Desta forma, esse é o primeiro semestre mais letal da história para as mulheres que vivem na capital paulista nos últimos dez anos. Em 2024, ao longo de todo o ano, a capital paulista registrou 51 casos do crime, já o todo o Estado somou 250 casos, segundo dados da Secretaria.

1º semestre é o mais letal da história para mulheres em SP – Foto: Joéson Alves/Agência Brasil

O levantamento passou a ser produzido em 2015, ano em que também foi sancionada a lei nº 13.104, conhecida como lei do feminicídio, que prevê pena de 12 a 15 anos para condenados em casos de violência doméstica e familiar que podem levar à morte.

Segundo dados do mapa de segurança pública divulgados pelo Governo Federal, em junho, 1.459 casos foram registrados em todo o Brasil, no ano de 2024, representando quatro ocorrências por dia. O relatório ainda aponta o aumento no número de estupros, onde 71.834 vítimas foram contabilizadas, o que é equivalente a 196 mulheres abusadas por dia.

O crime feminicídio

Na maioria dos casos, o crime de feminicídio é proveniente de relações abusivas, sendo frequente em ambientes familiares por parte do companheiro dessas mulheres. De acordo com o Monitor de Feminicídios, nos casos registrados no estado de São Paulo, pelo menos 135 vítimas tinham filho menor de idade. Em 2023, o presidente Lula sancionou a lei que que concede pensão de até um salário mínimo para crianças e adolescentes que perderam suas mães em decorrência da violência doméstica, e estão aptos a receber o benefício órfãos no qual a renda familiar seja de até 25% do salário mínimo vigente.

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Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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