A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, afirmou que soube dos resultados da autópsia somente após a divulgação pela imprensa nesta sexta-feira (27). Em entrevista ao jornal O Globo, o pai e a irmã da jovem relataram que não foram comunicados oficialmente pelas autoridades indonésias sobre o conteúdo do laudo que detalha as circunstâncias da morte.
Juliana morreu após passar 4 dias aguardando socorro. Ela sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O da jovem corpo foi encontrado no último dia 24. A autópsia foi realizada no Hospital Bali Mandara, na cidade de Denpasar, e o resultado divulgado nesta sexta-feira (27).
De acordo com o médico legista responsável, Ida Bagus Putu Alit, o exame indicou que a causa da morte foi um forte trauma na região do tórax e que não há evidências de que a jovem tenha sobrevivido por mais de 20 minutos após o impacto. “Ela morreu instantaneamente ou dentro de 20 minutos”, afirmou o legista, durante coletiva de imprensa.
No entanto, os registros de localização feitos por turistas que estavam com Juliana e mensagens trocadas durante a trilha levantam dúvidas sobre esse prazo. A família contesta a narrativa oficial e aponta falhas no socorro. “Ninguém nos falou nada sobre essa autópsia, ficamos sabendo pela mídia. Isso é revoltante”, disse o pai de Juliana em entrevista ao O Globo.
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Desde o desaparecimento, parentes e amigos têm denunciado a demora e a falta de estrutura na operação de resgate, criticando o governo indonésio por negligência. O caso ganhou repercussão internacional e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a anunciar a edição de um novo decreto para viabilizar o traslado do corpo ao Brasil com recursos da União.
A família segue cobrando explicações formais das autoridades locais e espera o retorno do corpo de Juliana nos próximos dias. O Itamaraty acompanha o caso.
