O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comparou pessoas em situação de rua a veículos estacionados de forma irregular. Em entrevista concedida à Jovem Pan, Zema indicou ser favorável à criação de uma lei no país que trate a referida população de forma semelhante à carros em locais proibidos, removendo-a das ruas através de guinchamento.

“Temos lá moradores de ruas ainda. Eu falo que no Brasil nós tínhamos que ter uma lei. Quando você para um carro em lugar proibido, ele é removido, guinchado. Agora fica morador de rua às vezes na porta da casa de uma idosa, atrapalhando ela a entrar em casa, fazendo sujeira, colocando a vida dela de certa maneira em exposição. E não temos hoje nada no Brasil que é efetivo. É um problema em São Paulo, Belo Horizonte e em outras cidades”, afirmou o governador Romeu Zema quando questionado sobre a segurança pública em Minas Gerais e a existência de uma suposta Cracolândia em Belo Horizonte.
A fala do governador mineiro foi duramente repudiada pela classe política. Nas redes sociais, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a fala de Zema como “revoltante”. “Zema erra para além da palavra. Alguém tem que ensinar a esse filhinho de papai que o correto, quando se trata de pessoas, é acolher”, afirmou.
Essa é a segunda fala polêmica do governador de Minas nos últimos dias. Ao ser entrevistado pelo jornal Folha de S.Paulo no último dia 4, Zema, que tem se posicionado como pré-candidato à Presidência da República em 2026, relativizou o regime militar no Brasil e declarou que, caso eleito presidente, concederá indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se necessário.
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