Onda de calor: 20 capitais devem ter máxima acima de 30ºC e populações vulneráveis são as que mais sofrem

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O Brasil enfrenta uma intensa onda de calor que se estende por diversas regiões, com temperaturas significativamente acima da média. De acordo com o Climatempo, as características que inicialmente afetaram o Sul do país, agora avançam para o Sudeste e Nordeste, com previsão de persistir até 18 de fevereiro. Cidades como Rio de Janeiro e áreas do noroeste de Minas Gerais podem registrar temperaturas próximas a 40°C.

Uma onda de calor é descrita por um período prolongado de temperaturas elevadas, geralmente 5°C acima da média, por pelo menos cinco dias consecutivos. Isso ocorre devido a sistemas de alta pressão atmosférica que impedem a formação de nuvens e a entrada de frentes frias, resultando em dias úmidos e secos.

Quem mais sofre é a população mais empobrecida. Populações de baixa renda atualmente enfrentam uma exposição 40% maior a ondas de calor do que pessoas com renda mais alta, de acordo com um novo estudo. É o que revela um estudo publicado na revista AGU Earth’s Future, que publica pesquisas interdisciplinares sobre o passado, presente e futuro do nosso planeta e seus habitantes.

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Até o final do século, os 25% mais pobres da população mundial estarão expostos a ondas de calor a uma taxa equivalente à do restante da população combinada.

Populações mais pobres podem ser atingidas por mais ondas de calor das mudanças climáticas. Residências em áreas empobrecidas geralmente possuem estruturas precárias, com materiais que retêm calor e pouca ventilação, tornando os ambientes internos insalubres durante períodos de calor extremo. Além disso, a ausência de ar condicionado ou ventiladores agrava a situação, aumentando o risco de problemas de saúde como desidratação e insolação.

A exposição prolongada ao calor também afeta a capacidade laboral, especialmente para trabalhadores que exercem atividades ao ar livre. Em 2017, altas temperaturas resultaram na perda de 153 bilhões de horas de trabalho globalmente, impactando diretamente a subsistência de famílias de baixa renda.

Diante desse cenário, é crucial implementar políticas públicas que mitiguem os efeitos das ondas de calor, especialmente nas comunidades mais vulneráveis. Medidas como melhoria das condições habitacionais, ampliação de áreas verdes urbanas e programas de conscientização sobre os riscos do calor extremo são essenciais para proteger a saúde e o bem-estar da população.

1 Reply to “Onda de calor: 20 capitais devem ter máxima acima de 30ºC e populações vulneráveis são as que mais sofrem”

  1. A forma como você conectou diferentes ideias e teorias ao longo do texto foi admirável, proporcionando uma visão abrangente.

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