O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) informou que irá recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que absolveu o apresentador Marcão do Povo em caso de racismo cometido contra a cantora Ludmilla. O apresentador foi indiciado pelo crime de injúria racial cometido em 2017, por conta de uma fala enquanto apresentava um programa na TV Record/DF. Na ocasião, ele chamou a cantora de “pobre macaca”.
Marcão chegou a ser demitido da emissora por conta do ocorrido, mas foi logo contratado pelo SBT, onde atua até hoje. A absolvição do apresentador aconteceu em 2024, quando a defesa do apresentador, a aprtir de um recurso, levou o caso ao STJ onde uma ministra decidiu que houve falha na sentença anulando a condenação anterior.
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Em 2023 ele foi inocentado em primeira instância, porém em segunda instância ele foi condenado a pagar R$30 mil em indenização e a 1 ano e quatro meses de prisão em regime aberto. A decisão de novembro de 2024 reverteu a condenação de Marcão.
Na época, Ludmilla informou, através de suas redes sociais, que recorreria da decisão.
O pedido por parte do MP-DF visa “reafirmar o compromisso do Estado com o combate à discriminação racial e garantir a efetivação da justiça”. Ainda não há uma data para julgamento do recurso solicitado pelo órgão e também não houve declaração de Ludmilla ou de sua defesa após abertura do recurso.
Relembre o caso
O caso aconteceu em janeiro de 2017, enquanto Marcão do Povo apresentava o Balanço Geral do Distrito Federal. Na ocasião o apresentador usou o termo “macaca” para se referir à Ludmilla. Na ocasião, o jornalista falava sobre uma notícia de que a cantora teria evitado posar para fotos com os fãs.
“É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também”, disparou Marcão.
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