40% dos brasileiros já sofreram tentativa de golpe no Pix, aponta pesquisa

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Um levantamento realizado pelo Banco Central do Brasil (BC) revela que quatro em cada dez brasileiros já sofreram tentativa de golpe no Pix. Os principais tipos de golpes são a venda de produtos falsos ou feita por loja que não existe, golpista que se passa por parente ou amigo para pedir dinheiro e pessoa que oferece uma oportunidade de investimento falsa usando o Pix.

Ainda segundo a pesquisa, pessoas com mais de 60 anos e das classes D e E são as que mais perdem dinheiro com os golpes. O Banco Central informa ainda que as modalidades aumentaram proporcionalmente ao aumento das transações utilizando o Pix.

Os idosos são as maiores vítimas dos golpes – Foto: Banco Central do Brasil

“As transações usando o Pix mais que dobraram: saltaram de 1,4 bilhão em dezembro de 2021 para quase 3 bilhões em dezembro de 2022”, informa a nota do BC que revela ainda que 9% dos brasileiros já caíram em algum tipo de golpe no sistema de pagamentos.

Outro ponto abordado na pesquisa são os valores perdidos nos golpes. Em média, segundo o BC, os correntistas perdem R$3 mil e 15% de pessoas na classe D já foram lesadas de alguma forma com os golpes.

Na classe A, 9,5% já sofreram golpes; na B, 6,4%; na C, 7,4% caíram em algum tipo de fraude no Pix. Já no recorte etário, as pessoas com mais de 60 anos perderem, em média, R$5.400, enquanto os jovens têm uma média de perdas de R$680, quase oito vezes menos.

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Retorno dos valores

O Banco Central possui um sistema para facilitar as devoluções de casos de fraudes no Pix. Para isso, o cliente deve registrar o pedido de devolução em até 80 dias pelo site ou pelo 0800, o banco avalia e o recebedor pode ter os valores bloqueados. Se for constatado que foi fraude, o banco tem até 96 horas para devolver o valor. Caso seja provado que não houve fraude, o recebedor terá o valor desbloqueado na conta.

A pesquisa ouviu, de forma online, 1910 pessoas entre junho e julho deste ano e analisou dados de solicitações de devolução do Pix do banco central por meio de lei de acesso à informação, além de denúncias feitas à própria empresa.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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