Enquanto o Brasil enfrenta ondas de calor intensa, tempestades extremas, incêndios florestais e secas – efeitos, causados pelas mudanças climáticas, 34% dos brasileiros desconhecem o tema e 7% afirmam estarem mal informados sobre as mudanças climáticas. É o que mostra a pesquisa feita pelo DataFolha e pela açucareira Tereos, que também aponta que 54% das pessoas das classes D e E se consideram desinformadas sobre o tema.
A pesquisa entrevistou mais de 2.000 brasileiros, e demonstra a desigualdade no debate sobre mudanças climáticas, em um país em que dez milhões de pessoas vivem em áreas de risco no país, sendo os mais vulneráveis e suscetivéis a enchentes, alagamentos, inundações e deslizamentos de terra. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as mudanças climáticas aumentaram os fatores que levam as pessoas à pobreza e as mantêm nessa situação, como inundações que podem assolar favelas urbanas, destruindo casas e meios de subsistência.
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A falta de identificação sobre o assunto é um grande obstáculo para a baixa emissão de carbono, segundo os dados, já que 51% dos entrevistados não sabem como contribuir para a redução de gases e efeito estufa (GEE). Para 22% dos participantes, as indústrias são as principais responsáveis e 38% acreditam ser dever do governo e órgãos federais reduzir as emissões.
Em contrapartida, 55% entendem que ações de preservação ambiental são importantes para cuidar do planeta. 29% dos entrevistados ressaltam o descarte correto de resíduos, enquanto 15% falam sobre o uso consciente de água. Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, ressaltou em sua participação ao Plano Clima de 2024, que as mudanças climáticas, assunto em debate era um risco a própria vida e ao desequilíbrio do planeta, e que os mais afetados são os mais pobres, do Brasil e do mundo.
Ações efetivas têm se tornado cada vez mais urgentes no combate às mudanças climáticas. No entanto, como mostram os dados da pesquisa, fomentar a educação ambiental no país também é uma necessidade, já que a população desempenha um papel fundamental na redução dos poluentes.