Espetáculo “Ninguém Toma Providência”, com texto de Adalberto Neto e direção de Vilma Melo, estreia em novembro no Rio

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O grupo Bando Teatro Favela idealizado por Cintia Santana apresenta gratuitamente com classificação livre no dia 16 de novembro às 19 horas no Muhcab – Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa, região central do Rio de Janeiro, o espetáculo “Ninguém Toma Providência”. O projeto do Instituto Entre o Céu e a Favela conta com texto de Adalberto Neto e direção de Vilma Melo.

O Morro da Providência é a primeira favela do Brasil e a atriz e empreendedora social Cintia Santana fala sobre a iniciativa de montar o espetáculo sobre o tema.  “É muito pertinente lembrar que somos a primeira favela da América Latina e sempre me perguntei por qual motivo nossa história não é contada. Porque tudo tem várias versões“, explica.

Espetáculo “Ninguém Toma Providência” do grupo Bando Teatro Favela /Foto: Bruna Manso – Divulgação

Quem mora aqui no morro não sabe que é da primeira favela, mas também compreendi que existe uma invisibilidade social das pessoas que moram nas favelas e acredito que o teatro pode ajudar nisso. Por isso convidei o Adalberto para escrever o texto, conversamos muito sobre a história daqui, pesquisamos e o texto vem com humor, leveza, mas também com críticas ao sistema. Vamos colocar em cena as histórias contadas pelos seus, aqueles que muitos fingem não ver“, declara Cintia.

Com um elenco formado por 6 atores, o espetáculo Ninguém Toma Providência  traz a história do Morro da Providência entrelaçada à vida de seus moradores na contemporaneidade. Juntos, eles transitam pelas trajetórias de 7 personagens  que são facilmente encontrados não só na Providência, mas em muitos territórios periféricos do Brasil. 

Os atores narram as belezas e desafios que moradores de favelas enfrentam cotidianamente e desvelam o Brasil profundo, repleto de questões sociais que precisam ser debatidas e combatidas. O fazem com humor e seriedade, abrindo caminhos para que sejam lançados olhares para uma população que precisa ser vista e ouvida de forma humanizada e inclusiva. Apresenta um olhar de dentro pra fora, fortalecendo os saberes e fazeres de territórios marginalizados, em que as vozes periféricas ganham centralidade no discurso.

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