Novo gesto para juízes indicarem ‘incidente racista’ é implementado no futebol espanhol; partidas podem ser suspensas

gesto_racismo_1600x900.png.webp

A LALIGA, junto com a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), vai implementar o gesto ‘Não ao Racismo’, para lidar com incidentes envolvendo torcedores. A decisão unânime, aprovada durante o Congresso da FIFA em Bangkok, Tailândia, foi anunciada nesta quinta-feira (12). O gesto consiste no juiz cruzando os braços em X, com as mãos abertas.

O gesto será um sinal que o árbitro poderá usar em qualquer partida, caso presencie ou seja informado sobre um comportamento racista, seja por um jogador ou pelo Coordenador de Segurança presente no estádio. Ele foi incorporado no Protocolo de Ação sobre Incidentes Públicos, que deverão ser acionados pelos juízes.

Juízes poderão fazer gesto para indicar ‘incidente racista’ durante partidas de futebol espanhol /Foto: reprodução (RFEF) Real Federação Espanhola de Futebol.

Segundo a nota, “as duas entidades se comprometem a combater todas as formas de discriminação no futebol, com foco especial no combate ao racismo, aplicando o gesto amplamente em todas as competições“. Assim que ataques racistas forem identificados a partida será paralisada, e se os ataques persistirem , o jogo poderá ser suspenso, tanto temporária, quanto definitivamente.

Na mesma nota a LALIGA informa que o protocolo de ação contra racismo, xenofobia e intolerância no futebol está em vigor desde 2005. “Esta medida representa um avanço significativo, abrangendo desde regulamentações e punições até iniciativas de conscientização e educação para enfrentar todas as formas de discriminação“, aponta.

A ação ocorre após vários casos de racismo sofridos por jogadores negros na Espanha, como com o brasileiro Vinicius Junior, alvo de insultos preconceituosos mais de 21 vezes nos últimos anos, desde que foi jogar no Real Madrid.

O jogador destacou que o país precisa progredir em relação ao racismo. “Até 2030 temos uma margem considerável para evoluir, então espero que a Espanha possa avançar e compreender a gravidade de insultar alguém pela cor da pele”, afirmou Vini Jr.

“Se até 2030 as coisas não mudarem, acredito que (a Copa do Mundo) deveria ser realocada, pois se os jogadores não se sentem confortáveis jogando em um país onde podem sofrer racismo, a situação se torna complicada”, completou Vinicius Júnior.

Leia também:Companheiro de Vini Jr no Real Madrid rebate fala de atacante: “A Espanha não é um país racista”

Mateus Junior

Mateus Junior

Estudante de jornalismo da Universidade Estácio Petrópolis, apaixonado por esportes e Cinema, Comento sobre as partidas de futebol e basquete.

Deixe uma resposta

scroll to top