O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgou que a desigualdade de renda no Brasil atingiu novamente seu menor nível desde que a série histórica teve início, em 2012. Os dados mostram que as regiões com maior presença do Bolsa Família, Norte e Nordeste, apresentam quedas expressivas na desigualdade social.
Conforme o índice de Gini, o indicador de desigualdade se manteve em 0,518 em 2023, mesmo nível de 2022 e o menor da série. A pesquisa leva em consideração de 0 a 1. Quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade de um país. Em 2019, antes da pandemia, a desigualdade era de 0,544.
“O índice de Gini se manteve no menor valor da série da pesquisa. Se considerar só o rendimento do trabalho, houve uma pequena variação positiva [alta] em relação a 2022. Mas, por outro lado, os rendimentos dos programas sociais, particularmente o Bolsa Família, avançaram e contrabalançaram. Isso ajudou a manter a estabilidade do indicador”, alerta o responsável pela pesquisa, Gustavo Geaquinto.
O Nordeste é a região que se destacou com maior evidência. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o grupo dos 10% mais ricos tinha um rendimento médio mensal domiciliar per capita ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres. Essa razão caiu para 14,4 em 2022 e, no ano passado, para 13,7.
“Com aumento significativo da ocupação e o pagamento de valores mais altos aos beneficiários do Auxílio Brasil em 2022, essa razão caiu para o menor valor da série, permanecendo assim em 2023, quando observamos um aumento considerável tanto da renda do trabalho quanto da renda proveniente de outras fontes, especialmente de programas sociais”, pontua o pesquisador.
Leia também: Bolsa Família: em 2024, governo prevê revisão de dados de 7 milhões de famílias
Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.
