Você sabe a diferença de Blackfishing para o Blackface? Os termos apesar de serem oriundos da língua inglesa e serem popularizados primeiro nos Estados Unidos, estão presentes também em discussões no Brasil.
Blackfishing é um termo, que significa “Fingir-se negro”, foi popularizado pela jornalista Wanna Thompson, quando ela notou que influenciadoras e celebridades brancas estavam tentando se passar esteticamente por mulheres negras, mas apenas para obter vantagens lucrativas.
Nos últimos tempos o termo ganhou força e foi amplamente debatido na internet. A mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Izabel Accioly, em entrevista ao jornal O Globo, explicou o que motiva pessoas brancas a fazerem blackfishing.
“Fazem isso porque realmente tem o interesse de se passarem por uma pessoa negra. Os negros, porém, sofrem preconceito racial. É como se você pudesse ter a aparência, escolher os pontos que acha positivos, mas na hora que aquilo te cansa, você desliga”, disse a antropóloga.
Internautas já acusaram a cantora de música pop Ariana Grande, de ter feito Blackfishing.
Já o Blackface é conhecido como a prática de pessoas brancas pintarem a pele de cor diferente para parecerem negras. Mas não é somente uma pintura, mas também uma forma de ridicularizar e desumanizar a população negra.
De acordo com a doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) Juliana Pereira, em artigo no portal do Instituto Geledés, o blackface tem origem no século XIX, nos Estados Unidos.
Segundo ela, “nos minstrels shows norte-americanos, onde se originaram os blackfaces. Essas representações foram adotadas por atores brancos que retratavam de maneira caricatural e zombeteira personagens afro-americanos através da dança, da comédia e das apresentações musicais”.
O humorista Carioca, no programa Pânico na TV, utilizava bastante o “recurso” do Blackface.
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