93% dos brasileiros ainda sonham com a conquista da casa própria, revela DataFolha; quantidade é maior nas classes C e D

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Por Layla Silva*

O sonho da casa própria e da sensação de segurança que é ter um imóvel para chamar de seu é mais comum do que se imagina. É o que revela uma pesquisa realizada pelo DataFolha, divulgada na última semana. De acordo com o estudo, 93% dos brasileiros que moram de aluguel ou em um local cedido sonham em ter seu próprio imóvel. 

Essa porcentagem aumenta quando observado a classe social dos brasileiros. O estudo revela que pessoas com menor poder aquisitivo têm um desejo maior em adquirir sua própria residência. Entre a classe C e D, 96% dos que não possuem imóvel têm o desejo de comprá-lo, enquanto na classe A e B esse número cai para 85%. 

Número de pessoas que desejam a casa própria aumenta nas classes C e D /Foto: Pexels

O que também reflete quando os brasileiros são perguntados se há vantagem financeira em adquirir um imóvel próprio. Nesse caso, 94% dos brasileiros acreditam que é mais vantajoso financeiramente ser proprietário de uma residência, enquanto 7% acreditam que seria melhor economicamente viver de aluguel. 

Em termos regionais, o Instituto revelou que no Nordeste o sonho da casa própria é de 98%, maior que o do Sudeste, que é de 91%. 

A pesquisa revela também que o desejo de compra aumenta entre jovens de 16 a 24 anos, com 57% desejando adquirir um imóvel, diminuindo conforme a idade avança, entre as pessoas de 60 anos ou mais o desejo de compra cai para 25%. 

Do desejo da compra casa aos planos para adquirir o imóvel, existe uma distância salarial envolvida, quando analisada a renda. O Datafolha evidenciou que quanto maior a renda, maiores são as intenções de compra. Entre os que recebem entre três a cinco salários, 56% pensam em adquirir um imóvel, porcentagem que cai 20% quando observado os que recebem até dois salários mínimos, sendo 36% somente os que têm planos de compra. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 11 de janeiro, com 2.020 pessoas com 16 anos ou mais em todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

*Layla Silva é jornalista e mineira que vive no Rio de Janeiro.  Experiência como podcaster, produtora de conteúdo e redação.  Acredita no papel fundamental da mídia na desconstrução de estereótipos estruturais.

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