Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganyika são as províncias mais impactadas, com mais de 10,3 milhões de congoleses
Congoleses estão sendo impactados pela insegurança alimentar aguda. É o que mostra a Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar, IPC. Cerca de 28 milhões de pessoas na RD Congo estão sendo afetadas, representando 24% da população, informou a ONU.
O leste da República Democrática do Congo é a área mais afetada. A região vive conflito entre forças do governo e rebeldes do movimento M23, que é apoiado pela nação vizinha, Ruanda.

Dentre as províncias mais afetadas estão: Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganyika, representando mais de 10,3 milhões de pessoas na fase 3 ou em um nível superior. No momento há 14 sítios de deslocados internos, seis a menos que em setembro de 2024. Já os sítios de deslocados em Goma, capital do Kivu Norte, foram fechados, sendo uma das áreas mais afetadas pelos confrontos.
Em fevereiro, um terço destes deslocados internos estavam em acampamentos, até que começaram retomar as casas e em quase metade dos casos, os congoleses voltavam para os locais de origem. De acordo com o banco de dados da Comissão sobre Movimento da População, em janeiro deste ano, o país africano tinha mais de 7,8 milhões de pessoas deslocadas, com grande parte delas vivendo com familiares.
Os conflitos no leste e o choque econômico são os maiores fatores dos deslocamentos. Muitas pessoas enfrentam situação de vulnerabilidade com as altas dos preços dos alimentos e acesso limitado.
Entre as preocupações, estão a ausência de iniciativas concretas para lidar com a crise humanitária e a insegurança, sobretudo nas províncias do leste. Sem ações efetivas, é possível que a situação se agrave, aumentando o número de pessoas que estão passando fome e insegurança alimentar.
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