Na madrugadas deste sábado (27), quando completa 58 anos, a apresentadora Xuxa Meneghel voltou atrás e pediu desculpas após ter defendido que presos sejam usados como cobaia para testes de remédios e vacinas. Por volta das duas horas da manhã, a apresentadora gravou uma live, em seu perfil do Instagram, após repercussão negativa das suas declarações em uma entrevista que concedeu ao perfil da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na mesma rede social, na última sexta-feira (26).
“A todos vocês que me julgaram, julgaram certo, eu errei e estou aqui pedindo desculpas a vocês”, disse a apresentadora. “Estou aqui pedindo desculpas para vocês, não usei as palavras certas. Pensei muitas coisas e quis falar sobre muitos assuntos, sobre maus tratos aos animais, e fiz a mesma coisa, também julguei e maltratei”, complementou.
A fala da apresentadora foi bem diferente da declaração que deu na sexta-feira (26), quando afirmou que os presidiários “serviriam para alguma coisa antes de morrer”, e “que poderia usar um pouco da vida delas pelo menos para ajudar algumas pessoas provando remédios”.
Além de ferir a Declaração dos Direitos Humanos, o comentário da apresentadora fere o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que diz: “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante” e “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.
Dos 657,8 mil presos em que há a informação da cor/raça disponível, 438,7 mil são negros (ou 66,7%). Os dados são referentes a 2019.
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