Vídeo de 2018 mostra violência contra idoso no Santander; NP cobra ações adotadas

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Um vídeo, registrando a violência moral contra um senhor na porta giratória de uma agência bancária, circula nas redes sociais esta semana. A gravação, que trata de um fato recorrente contra negros no Brasil, remete a um episódio ocorrido em 09 de novembro de 2018, em uma agência do banco Santander, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

João Batista, de 63 anos, possui próteses metálicas nos dois joelhos e locomove-se com o auxílio de muletas. Ao tentar entrar no local, próximo a sua casa, foi constrangido por cerca de dez minutos por vigilantes, tendo, inclusive, ficado apenas de cueca para provar que não havia nenhum objeto, além da intervenção médica, previamente informada aos funcionários.

“É humilhante, porque pagamos nossos impostos e somos pessoas de bem. Acabamos tratados como alguém da pior espécie. Ninguém ofereceu qualquer auxílio e o segurança ainda ficou de ironia quando fui pegar minhas coisas”, lamentou o homem, em entrevista à TV Globo, na ocasião. Ironicamente, o caso ocorreu no mês da Consciência Negra no país.

A lei estadual que regula o funcionamento das portas giratórias em bancos, em vigor desde 1999, inclui a obrigatoriedade de as agências contarem com uma porta auxiliar para permitir o acesso de idosos, deficientes, obesos e casos especiais. Esta possibilidade não foi disponibilizada para João Batista.

Em nota oficial, enviada aos veículos de comunicação no ano passado, o vídeo, registrado por um dos presentes no local, viralizou três dias após o caso, o Santander disse lamentar o ocorrido e que iria apurar o fato para evitar que novos casos de “desrespeito” ocorram.

Resta saber agora, cinco meses depois do constrangimento a que o senhor João Batista foi submetido, qual o resultado da investigação e que medidas foram adotadas para cumprir a promessa enviada pela assessoria de imprensa da empresa. Com a palavra, a instituição bancária.

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