Durante uma votação na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o vereador Eder borges (PP-PR) vinculou o hip-hop à criminalidade. A sessão na CMC foi para apoiar que o Governo Federal reconheça o hip-hop como patrimônio imaterial do Paraná.
O requerimento apresentado durante a sessão na CMC visa a preservação, difusão e promoção para garantir o hip-hop como uma forma de expressão cultural e artística. Eder Borges foi o único parlamentar que se posicionou contra. “(…) tem umas letras que realmente me fazem questionar se devemos aprovar este requerimento”, indicou ele, citando trechos de músicas. “Hip hop é coisa de detento”, concluiu a fala.
Assista o vídeo:
A parlamentar Giorgia Prates (Mandata Preta), rebate. “Sua fala é racista quando diz que o hip-hop é coisa de detento”. A vereadora contextualiza sobre a importância do hip-hop como um movimento cultural que representa as periferias.
É lei
O projeto de lei 3503/2021 declara patrimônio cultural imaterial brasileiro a cultura hip-hop, com todas as suas manifestações artísticas. A situação da ementa aguarda a designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
Alguns estados já estão pondo em vigor por meio de votação dos parlamentares para levar ao Congresso Nacional.
Leia também: Universidade Zumbi dos Palmares lança campanha para combater racismo no comércio