‘Vai Voando’ e a ‘Favela Holding’ se associam para expandir o relacionamento: a meta é atingir 77 milhões ainda em 2022

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Por Marina Lopes

As empresas Vai Voando e a Favela Holding se associam para expandir o relacionamento. O empreendedor Celso Athayde, fundador da Central Única das favelas (CUFA) e CEO da Favela Holding, passa a ser sócio da rede de franquias Vai Voando, a partir do dia 23 de agosto. A união das empresas transforma Athayde em parceiro estratégico da BeFly na ampliação dos negócios nos territórios de favelas e periferias.

 O CEO da holding BeFly, Marcelo Cohen, diz que avaliou todos os pontos antes de unir as companhias: “Ao constatar a importância da Favela Vai Voando para o ecossistema não tivemos dúvida, fizemos a proposta de fundir as duas companhias por acreditar que seremos complementares e, portanto, mais fortes”, afirma.

 A Favela Holding, um grupo de 24 empresas voltadas para o empreendedorismo, tem a previsão de alcançar R$ 1 bilhão em receita nos próximos três anos, gerando 32 mil oportunidades de emprego. O grupo expandiu por diferentes áreas tendo como principal ativo o conhecimento e acesso territorial de Celso Athayde.

 “Inicialmente começamos com uma empresa focada em favela. Esse negócio cresceu tanto que resolvemos fazer uma proposta de sociedade para a Vai Voando, pertencente ao grupo Befly. Essa fusão transforma a Vai Voando e a Favela Vai Voando em uma única empresa, tendo a Favela Holding como acionista”, diz Athayde. 

Celso Athayde

 A Favela Vai Voando vem crescendo como extensão da Vai Voando dentro das favelas.  Coordenada e gerenciada por Marilza Athayde e Renata Ethieny, a empresa foi crescendo ao longo do tempo e se tornou economicamente fundamental para o grupo. O empresário Athayde comemora a união: “Com a pandemia o Brasil mudou e nosso setor foi o mais afetado, a aquisição da Flytour pela BeFly mudaria muito o curso da história do turismo no Brasil. Mas eu sabia da importância do trabalho que fizemos até aqui. Agora, estamos saindo da condição de representantes para sócios desse grande conglomerado e isso só mostra que a nossa entrega estava sendo vista o tempo todo. Valeu a pena”, afirma.

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Impacto social nas favelas do país

Focada em impulsionar soluções de impacto positivo para a sociedade, empregabilidade, empreendedorismo e inclusão ao turismo nas favelas do país, a Vai Voando, nasceu em 2009, voltada para as classes C e D. Apesar das dificuldades em 2020 e 2021 em razão da pandemia, a empresa manteve seus pontos de vendas, e se prepara para alcançar um faturamento de 77 milhões ainda em 2022 e visa ampliar a sua rede chegando próximo das 400 franquias. 

Com a chegada do Celso Athayde na sociedade da Vai Voando, a empresa espera expandir a 1.000 franquias nos próximos dois, três anos. “Essa sociedade só vem para reforçar o nosso compromisso de transformar a sociedade e apoiar sonhos que foram interrompidos, possibilitando que mentes empreendedoras sejam donas dos seus próprios negócios”, comenta Cohen.

 A Vai Voando, além do turismo, investe em empreendedorismo dentro das favelas, pois seus franqueados são pessoas que tem bastante proximidade com moradores dessas áreas. Segundo o Data Favela, cerca de 4,2 milhões de pessoas querem empreender e mais da metade delas (58%) dentro da própria favela. A empresa também patrocina, desde a primeira edição o Taça das Favelas, por acreditar que o esporte pode transformar o futuro dos adolescentes.

 “O nosso público vem se emponderando ao longo dos últimos anos, e apesar das dificuldades enfrentadas, sabe bem da sua força e sua vontade de vencer e é nisso que nós acreditamos e trabalhamos. Alguns sonhos foram interrompidos, mas agora chegou a hora de rever suas famílias e serem donos dos seus próprios negócios. E nós estamos aqui para tornar isso possível”, afirma Luiz Andreaza, diretor da Vai Voando.

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