Foi publicado na edição desta sexta-feira (28) do Diário Oficial a nova medida de segurança do governo de São Paulo referente aos reincidentes de roubo ou furto e acusados de violência doméstica. Agora eles passam a usar tornozeleira eletrônica após a audiência de custódia.
Nos primeiros meses de 2023, aproximadamente 45% dos presos em flagrante por receptação ou furtos voltam a cometer as mesmas infrações após a soltura.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, há uma grande falha no acompanhamento das penas, mais de 300 mil dos condenados ou acusados estão sem os adequados mecanismos de monitoramento.
O major da PM Rodrigo Vilard declarou na coletiva da cúpula da SSP, no início do mês, que o Fórum da Barra Funda concedeu uma sala para o início da operação e que cerca de 200 tornozeleiras já estariam prontas para o iniciar o projeto.
Segundo o SSP, a medida se justifica porque, embora o reforço no efetivo tenha aumentado as prisões e a queda de furtos na região do centro, o aumento do policiamento não basta.
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Dados de violência doméstica em São Paulo
Segundo a pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo, em 2022, 85% dos paulistanos entrevistados relataram que a violência contra a mulher havia aumentado pouco ou muito. Entre as pessoas abordadas, 35% relataram ter presenciado ou ouvido falar sobre casos de violência doméstica perto de onde vive e 34% com alguma conhecida ou amiga.
A pesquisa também mostra que pessoas pretas e pardas tinham mais conhecimento acerca desses casos em comparação às pessoas brancas.
Dos entrevistados, 35% presenciaram casos perto de onde moram (31% entre brancos; 36% entre pretos e pardos); 34% com alguma amiga ou conhecida (30% entre brancos; 37% entre pretos e pardos); 20% perto do trabalho (13% entre brancos; 20% entre pretos e pardos), etc.