Devido à seca histórica, Somália está à beira da fome, é o que diz a Organização das Nações Unidas (ONU), na última segunda-feira (05), em uma coletiva de imprensa em Mogadíscio, na capital Somali. Em suas redes sociais, o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley, lamenta e alerta sobre a situação da Somália. “Inaceitável. Aterrador. Comovente. Nossos piores temores para #Somalia agora são uma realidade: a fome é iminente se os fundos não chegarem imediatamente. O mundo DEVE agir agora – este é um apelo global à ação“ afirma ele.
O diretor da agência da ONU, Martin Griffiths aponta que a fome atingirá as regiões de Baidoa e Burhakaba, no centro-sul da Somália, entre outubro e dezembro. Esse cenário extremo pode perdurar até março de 2023.
De acordo com a ONU, a seca atinge 7,8 milhões de pessoas na Somália, representando quase metade da população. Dessa quantia, 213 mil correm risco de fome. É a terceira seca que o país enfrenta em apenas uma década. Desde 2020 não chove o suficiente e a previsão para o outubro e novembro desse ano é de baixíssima previsão de chuva, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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A seca dizimou rebanhos e plantações do país, deixando mais difícil a sobrevivência da população. Com a chegada a pandemia da Covid-19, em 2020, a situação só se agravou devido ao isolamento social. Também deve se levar em conta nesse cenário, os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia, principais fornecedores de grãos para o país. Em áreas rurais, a ajuda é impossível de chegar devido ao domínio da rede terrorista Al-Qaeda, contrários ao governo federal.
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