Sobrepeso e obesidade aumenta entre crianças brasileiras, revela estudo

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Conforme revela um estudo realizado com mais de 5 milhões de crianças, aponta que o índice de crianças no Brasil com sobrepeso e obesidade aumentou. A pesquisa comparou grupos de pessoas nascidas nos períodos de 2001 a 2007 e 2008 a 2014, e foi realizado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia).

Os dados foram publicados na revista científica The Lancet Regional Health – America. “Esses resultados indicam que o Brasil, assim como todos os países do mundo, está longe de atingir a meta da [Organização Mundial da Saúde] OMS de ‘deter o aumento’ da prevalência da obesidade até 2030”, explica Carolina Vieira, pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação.

Obesidade infantil cresce no Brasil de acordo com dados publicados na The Lancet/ Foto: Pexels

O estudo usou o banco de dados de crianças de 3 a 10 anos, formado pela vinculação de três sistemas administrativos: o CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), o Sinasc (Sistema de Informação de Nascidos Vivos) e o Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional). Também foi registrado um aumento de 1 cm na trajetória de altura infantil.

Entre os meninos, foi de 26,8% para 30%. Já entre as meninas saltou de 23,9% para 26,6%. A prevalência de meninos e meninas com peso acima do indicado no Brasil se mantinha estável entre 1974 e 2006 e aumentou apenas a partir de 2009, indica o estudo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) éde deter o aumento da prevalência da obesidade até 2030.

Tem estudos que indicam que a criança que vive com obesidade aumenta a chance de persistir com essa doença durante todo o ciclo da vida dela”, diz a pesquisadora.

“Em termos de saúde pública,  pensamos que a carga dessas doenças crônicas não transmissíveis e os custos associados à obesidade aumentam ao longo do tempo. Então, é necessária uma ação efetiva e coordenada, porque senão as repercussões dessa doença para a saúde pública nos próximos anos serão bem alarmantes”.

O estudo foi feito com base nas mudanças de índice de massa corporal (IMC, a razão do peso pelo dobro da altura).

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