Durante audiência pública no Senado hoje, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi aplaudido de pé após o senador Eduardo Girão (Novo-CE), vice-líder da oposição no Senado, tentar entregar-lhe um “feto” de plástico. Silvio Almeida se recusou a receber a réplica e repudiou o ato do senador, classificando a tentativa como uma “exploração inaceitável”. O ministro explicou que está prestes a se tornar pai e se recusou a receber o objeto, respeitando o seu cargo e reiterando que é uma questão séria.
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“Eu não quero receber isso por um motivo muito simples. Eu vou ser pai agora, e eu sei muito bem o que significa isso. Isso é pra mim uma performance que eu repudio profundamente. Com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país”, disse Silvio Almeida. “Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso aí. Em nome da minha filha, não vou receber. Isso é um escárnio, não vou receber. Respeitando o seu cargo, eu não vou aceitar, eu sou um homem sério e acredito que o senhor também seja”, prosseguiu.
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Silvio Almeida e sua esposa, Ednéia Carvalho, anunciaram no início de abril que serão pais pela primeira vez. Na postagem, Ednéia escreveu: “Como tem sido maravilhoso compartilhar sonhos com você! E o nosso maior sonho, nossa princesa tão desejada está a caminho”.
O “feto de plástico” é usado por manifestantes contrários ao aborto para defender que, nesta etapa do desenvolvimento, o embrião já poderia ser considerado um ser humano. No entanto, a legislação brasileira em vigor autoriza, em casos específicos, que o aborto seja realizado até a 12ª semana de gestação.