Sete mortes por Cólera foram confirmadas no Haiti. A declaração feita pelo diretor-geral do Ministério da Saúde, Laure Adrien, aconteceu em coletiva de imprensa, neste último domingo (02). Os números exatos ainda estão sendo investigados pelas autoridades.
Os casos confirmados foram na região de Porto Príncipe e também há casos suspeitos na cidade de Cité Soleil, fora da capital. As autoridades pediram à população que tomem medidas sanitárias cabíveis, como lavar as mãos e consumir água potável para evitar a infecção e a proliferação de casos.
Um surto da doença traria consequências enormes para o Haiti, também no quesito econômico. O país já foi bastante prejudicado no último mês de setembro devido a um bloqueio de gangues que impediu a distribuição de combustível, fechando negócios e muitos hospitais.
Em 2010, a cólera chegou a matar 10 mil pessoas. É cogitado que as contaminações, naquele ano, aconteceram devido a uma força de paz organizada pelas Nações Unidas. As tropas do Nepal, estavam no Haiti para essa missão que começou em 2004, após a derrubada do presidente Jean-Bertrand Aristide.
Essa missão acabou por se estender, principalmente após o terremoto de 2010 que devastou o país. Na época, o Nepal passava por uma endemia de cólera, por isso foi levantada a possibilidade de que as pessoas em missão teriam levado a doença para o Haiti. As Nações Unidas em 2016 pediram desculpas pelo surto, sem assumir a responsabilidade.
Apesar do pedido de desculpas, um relatório divulgado em 2011 de forma independente pelo secretário-geral da ONU na época, Ban Ki Moon, mostrou que não se tem absoluta certeza de como a Cólera chegou até o Haiti.
Ainda assim, em 2013 foi publicado em artigo, feito por essa mesma organização, alegando que as pessoas participantes da missão da ONU seriam “a fonte mais provável” da contaminação. Em 2020, a Organização Pan-Americana da Saúde relatou que o Haiti passou um ano sem casos confirmados de cólera.
