Saúde mental: estudo mostra que 48% dos adolescentes dizem que mídias sociais têm impactos negativos

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Pesquisa feita com 1.391 entrevistados aponta que metade dos jovens negros demostram preocupações com a saúde mental 

O estudo da Pew Research Center publicado nesta terça-feira (22), afirma que para 48% dos adolescentes entrevistados, as redes sociais impactam negativamente na saúde mental dos jovens de 13 a 17 anos. O levantamento foi feito com 1.391 jovens americanos e mostrou um aumento de 16 pontos percentuais em comparação aos 32% apontados na última edição da pesquisa feita em 2022. 

Entre os entrevistados, 50% dos adolescentes negros mostram estar preocupados com a saúde mental dos jovens, enquanto 39% são adolescentes hispânicos e 31% são brancos. Os resultados por gênero determinam que 42% das meninas têm atenção ao que pode afetar a saúde mental, já entre os meninos a porcentagem é de 28%. 

Pesquisa mostra que 48% dos adolescentes acreditam que as mídias sociais têm um efeito negativo na saúde mental | Foto: Nappy

Quando questionados sobre o tempo que os jovens passam nas redes sociais, 45% afirmam que passam muito tempo nas plataformas, enquanto 44% reduziram o tempo dedicado às mídias sociais. Mais da metade dos adolescentes (55%) disseram que não reduziram a frequência nas redes sociais e do celular em geral, segundo o levantamento.

Os jovens entrevistados apontaram alguns fatores que influenciam negativamente na saúde mental desse grupo: 22% citam as mídias sociais como maior fator; 17% relacionam ao bullying, tanto presencial quanto online; 16% destacam as pressões e expectativas impostas ao adolescentes; 8% relaciona as tecnologia em geral e 5% mencionam a escola. 

“O uso excessivo das mídias sociais em nossa sociedade parece ser a principal causa de depressão entre pessoas da minha idade. As pessoas parecem se deixar afetar pelas opiniões de quem não conhecem, e isso causa estragos no estado de espírito das pessoas”, afirma um dos adolescentes entrevistados para o estudo. 

De acordo com o levantamento, 39% dos jovens se sentem sobrecarregados pelos dramas das redes sociais. Já em menor número, 31% afirmam que as plataformas pressionam a postar conteúdos populares e 27% deles ressaltam que as redes sociais os fazem se sentirem piores em relação à própria vida. Ao mesmo tempo que as redes sociais servem para socializar, 31% dos jovens se sentem excluídos por amigos.

O relatório também aponta a percepção dos pais sobre o uso das redes sociais e a preocupação com a saúde mental dos adolescentes. De acordo com o levantamento, 44% dos pais apontam as mídias sociais quando questionados sobre o que mais impacta negativamente os adolescentes: “Eles vivem em um mundo falso de mídia social que os limita como seres humanos, distanciando-os de sua família”

Em contrapartida com o lado negativo das redes sociais, 74% dos adolescentes afirmam que as mídias sociais os fazem se sentirem mais conectados, 63% veem as redes sociais como um espaço para serem criativos, além de 34% procurarem informações sobre saúde mental através das redes sociais e citam o TikTok, influenciadores e profissionais da saúde como fonte das informações. 

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Nathalia Ferreira

Nathalia Ferreira

Jornalista com pós-graduação em Social Media e MBA em Digital Business. É estratégista de comunicação digital e social intelligence, atuou em análise de dados, geração de insight e já liderou a comunicação corporativa em consultoria étnico-racial. Nathalia tem como propósito contribuir com uma comunicação antirracista e alavancar ações efetivas e de impacto social através da comunicação.

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