Neste sábado (08), Dia Internacional da Mulher, e no mês em que o Brasil conquistou seu primeiro Oscar de melhor filme internacional com “Ainda estou aqui”, o Notícia Preta relembra o pioneirismo de Ruth de Souza, que é a primeira atriz brasileira a ter sido indicada a um festival internacional de cinema. Ruth foi indicada, em 1954, ao Leão de Ouro no Festival de Veneza, por seu papel no filme ‘Sinhá Moça’.
Apesar de não ter levado o prêmio, a artista fez história com a indicação. Ruth também foi a primeira atriz negra a atuar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1945, com a peça ‘Imperador Jones’ do Teatro Experimental do Negro (TEN), marcando seu legado como uma das damas da dramaturgia brasileira.
A artista, que nasceu no Rio de Janeiro em maio de 1921 fez parte do TEN, dirigido por Abdias Nascimento, assim como outra dama do cinema brasileiro, Léa Garcia. Ruth faleceu em julho de 2019 aos 98 anos após 74 anos de carreira, e Léa faleceu em agosto de 2023, aos 90 anos.
Mais uma vez pioneira, Ruth também se tornou a primeira atriz negra a protagonizar uma novela, ao integrar o elenco da TV Globo em 1969 na novela A Cabana do Pai Tomás. A atriz inclusive já participou de um filme de Walter Salles, diretor de ‘Ainda estou aqui’. Ruth estrelou o filme A Grande Arte (1991), dirigido por ele.
No currículo a atriz possui filmes como ‘O vendedor de passados‘ (2015), de Lula Buarque de Hollanda, ‘As filhas do vento‘ (2004), ‘O assalto ao trem pagador‘ (1962) e ‘Também somos irmãos‘ (1949), de José Carlos Burle. Além disso, nas novelas atuou em projetos como ‘O bem-amado’ (1973), ‘Sinhá Moça’ (1986) e ‘O Clone’ (2001).
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