Michelson Medonça da Silva, 38 anos, fraudou o sistema de cotas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e, mesmo tendo a pele clara e o cabelo ruivo, se autodeclararou pardo no momento da matrícula .
O estudante está no primeiro semestre de medicina e ingressou na universidade após fazer o vestibular de 2019 e concorrer a uma vaga pelas cotas raciais, destinadas a negros e pardos.
O caso Michelson está sendo investigado pela universidade, no campus de Vitória da Conquista, por meio de um processo administrativo, após denúncia de um concorrente que se diz pardo -filho de pai negro e mãe branca.
O ruivo que se diz pardo é ex-estudante de Engenharia Mecânica de uma universidade particular de Salvador e integra o quadro de sócios-administradores da empresa Fehyson Assessoria em Qualidade, com sede em Dias D’Ávila e aberta em 2013 com capital de R$ 80 mil, segundo informações do jornal ‘Correio 24 horas’.
“Me considero pardo”, afirmou ao Correio. “Me enquadro nos critérios de negro ou pardo, minha avó é negra. Não tem nada de ilegal, fiz tudo baseado no edital, foi o que esclareci à universidade”, afirmou o rapaz que não quis ser fotografado.