A repórter Brianna Hamblin, do canal Spectrum News, dos Estados Unidos, desabafou nas redes sociais sobre o vídeo em que mostra ela sendo assediada e fetichizada por seu tom de pele antes de entrar ao vivo.
No vídeo, um homem branco se aproxima e diz: “Você é bonita pra car****. Por**. É melhor eu não estar aparecendo nessa mer** de câmera. Sabe, é por isso que eu não posso ficar sozinho com uma mulher negra. Ou uma mer** de uma mulata. Não suporto essas mulheres brancas”, diz o homem. A jornalista tenta cortá-lo, mas ele continua com os assédios.
Ao final do vídeo, é possível ver que a repórter fica muda e encara a câmera. O homem se afasta, mas continuando comentando o assunto com outra pessoa. Em um texto no Instagram, publicado na última sexta-feira (23), Brianna diz que “nunca deixa de ficar surpresa” com a audácia dos homens em dizer absurdos para mulheres.
Leia também: Estudo aponta que mulheres negras são as que mais sofrem com assédio sexual no ambiente de trabalho
“Ser uma mulher negra nessa indústria tem seus problemas, mas diminuir um grupo de mulheres para ‘elogiar’ outro NUNCA é certo. Só mostra que você tem um fetiche nojento baseado em estereótipos, o que é igualmente racista”
“Infelizmente, como mulher, e especialmente mulher jornalista em campo, receber cantadas ou ser assediada acontece com tanta frequência que você aprende a ignorar. Dessa vez, por acaso, aconteceu segundos antes de eu entrar no ar“, diz ela. Brianna finaliza falando que teve a sorte de ter um fotógrafo com ela. “No meu último trabalho, eu tive que lidar com esse tipo de coisa SOZINHA, como a maioria das mulheres repórteres. Não é seguro. É assustador“.